26 de novembro de 2009

Tecnologia passa. Conhecimento fica

É melhor eu colocar este blogger pra funcionar logo antes que a internet se torne velharia, coisa do passado. Afinal, desde que comecei a usar a internet, que tive o primeiro contato com um computador, muita coisa mudou. Mudou mesmo! E essa história apesar de ser num curto espaço de tempo é de conteúdo muito denso. É tecnologia, profissão e conhecimento que surgiu e que continua surgindo, enquanto outras estão se tornando obsoletas. Tudo muito rápido - história para outro post - talvez.

Quando comecei, por volta de 1995...

Tinha um Compaq Deskpro com 16mb de memória RAM, 1gb de HD com um dos primeiros kits multimídia que havia saído no mercado e com Windows 95 como sistema operacional. Em quesito de tecnologia, não é preciso muito mais explanação a respeito, não é mesmo? Aposto que você deve ter um pen-drive ou um cartão de memória, do celular ou da câmera digital, com no mínimo com o dobro de capacidade de armazenamento do que esse computador de 13 anos atrás...

Minha memória é falha, mas acredito que foi por volta de 1997/98 que pude ter conexão com a internet em casa. Comecei a utilizar em horários onde a cobrança pela conexão era somente um pulso. Para isso, precisava fazer a discagem para um provedor de acesso através do modem (processo que demorava muito, sendo impossível em alguns horários) e depois você poderia navegar na internet horas a fio, desde que a conexão não caísse (o que era constante) e também respeitando os seguintes horários: Das 0hrs até as 6hrs da manha, e aos sábados a partir das 14hrs até as 6hrs da manhã da segunda feira. A velocidade da conexão quando no máximo, atingia seus 36kbps, valor inconcebível nos dias de hoje para os fins que eu utilizo e até mesmo para os serviços que a web nos oferece hoje.

Nessa época, estava na 8ª série e era o digitador e pesquisador oficial :) dos trabalhos dos colegas de classe, e dos trabalhos dos irmãos, e dos vizinhos, etc. Já acompanhava alguns blogs, fóruns e sites. A maioria não existe mais, ou foram re-adaptados e seus proprietários buscaram novas ferramentas e novas formas de se comunicarem, enquanto outros sumiram de vez. A maioria dos sites que freqüentava, estavam hospedados no Geocities – serviço oferecido pelo Yahoo - que deixou de existir no ultimo 26 de outubro.

Nessa época, vetor era com o Corel Draw 6, Page Maker era o software de diagramação e FrontPage o tal software para desenvolvimento web, com layout de sites construídos de formas mirabolantes através de tabelas (salve Tableless!). Serviço de email tinha espaço limitado e recursos limitados. Web designer não era uma profissão reconhecida, ninguém sabia o que era (e hoje?) e nem brotava de frente de um PC ou Mac quando armado “apenas” de softwares apropriados.

Isso me faz lembrar uma frase do fotógrafo e designer gráfico Rodolfo Fuentes em seu livro: A prática do design gráfico. Uma metodologia criativa: “Não se pode considerar designer aquele que é capaz de operar seu Mac ou seu PC voando sobre o Photoshop ou o Illustrator, mas àquele capaz de encontrar um modo de comunicar inteligivelmente um conceito, uma idéia ou uma proposta”.

É fato que não se forma um programador da noite para o dia, muito mesmo um design. Faz parte da formação de um designer o estudo de conteúdos que datam pelo menos há 35 000 a.C – ao menos deveria fazer – onde se tem registro dos primeiros atos de criação e de comunicação através de símbolos, gravuras, peças mobiliares...

Não é a ferramenta que faz de alguém um design gráfico, ou um programador web. Uma caneta e um Moleskine não lhe tornam um escritor; um tablete não lhe torna um ilustrador... É preciso muito estudo e prática. Seja pelos métodos formais “acadêmicos” que tem seu valor e seu reconhecimento, principalmente no mercado de trabalho; ou pelo método de auto-aprendizagem que também conta muito. Afinal, nenhuma instituição remodela sua grade curricular constantemente de forma que de conta de acompanhar o desenvolvimento tecnológico, ficando por conta própria – num primeiro instante – do interessado, em tomar conhecimento da nova ferramenta ou tecnologia.

Optar por uma profissão onde os avanços da tecnologia são quase que diários, é algo que exige muita dedicação, estudo, esforço e prática. Onde a criatividade e a inovação é o carro forte para cada novo produto/serviço que desenvolvemos; possamos solucionar os problemas que temos; criar as facilidades que desejamos; corrigir as deficiências com as quais deparamos; e assim, obter concretamente benefícios através da nossa intervenção.

Acredito que esse é um entre tantos outros compromissos de uma profissão que não deve ser encarada como uma linha de produção.

Escrevo esse pequeno texto “confuso” para dar inicio ao blog, através de um computador portátil comprado há quase um ano e já ultrapassado se comparado aos computadores que encontramos disponível a venda hoje em dia. Ultrapassado ou não, não é a tecnologia que realmente importa. Afinal, quem é o responsável pelo seu desenvolvimento?

Estou apenas começando meus estudos, e este é o espaço onde vou registrar um pouco do meu aprendizado. Espero que de forma concisa, periódica e atual.

2 comentários:

  1. Fernando muito bom esse seu artigo.
    Tenho certeza que esse será o primeiro de muitos que virão.
    Sua carreira com certeza já é sucesso, pois potencial você tem.
    Boa Sorte

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  2. E professor!
    Mas que história em
    Você com certeza vai crescer muito ainda, muito mais do quê pensa...

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